Gestos curtos, gestos longos, gestos seguros ou hesitantes, gestos lentos ou velozes…como dos pássaros as vozes.
Exemplos:
- Numa sala bem iluminada, escutar Paisagem Sonora Imaginária (vídeo aqui) ou outro recurso áudio evocativo de amplas paisagens e altos voos.
- Uma folha de papel disposta à nossa frente (numa parede, sobre uma mesa, ou no chão) aguarda que se inscrevam sobre ela os sons que escutamos, através dos gestos dos nossos braços e mãos, que guiam pincéis embebidos das cores daquela paisagem sonora. Gestos curtos, longos, seguros, hesitantes, fortes, suaves, grandes, pequenos, lentos, velozes… Como dos pássaros as vozes.
- E chegará um momento em que paramos, em que sentimos justo o encontro da nossa escuta com o que apareceu na folha, e paramos. Podemos continuar à escuta, observar aquela aparição da paisagem, talvez até reabsorver no nosso corpo as linhas, os pontos, as manchas, e experimentar como podem ainda ser movimento e voo. Dançar.
- Entretanto a folha secou e, tal como nas mais belas paisagens que já tivemos a sorte de contemplar, podemos demorar mais o olhar num pormenor, numa área particular.
- Com a ajuda dos instrumentos de medição e marcação que preparámos anteriormente (régua, esquadro, lápis), desenhamos levemente um quadrado que destaca as manchas que agarraram o nosso olhar. Recortamos a folha seguindo esse enquadramento. Temos agora um quadrado de papel pintado à espera de se tornar pássaro. (ver instruções de dobragem aqui).